
Fiquei longe de tudo esses últimos tempos, do mouse estragado na estante, da árvore de nozes da vizinha que costumava filtrar o ar aflito respirado todo fim de tarde, das revistas nunca lidas acumuladas no cantinho da mesa, do barulho da colher batendo no bule de café cedinho, e das pessoas que eram apegadas a mim, principalmente.
Estive pensando em esquecer, estive pensando se as pessoas que dizem que esquecem, verdadeiramente esquecem.
Dias atrás só pensava nisso, em esquecer.
Quando a gente tenta esquecer bate a saudade, e quando eu tento matar um sentimento, faço da saudade uma das principais formas de suicídio sentimental. Ridículo.Como se o tempo longe de alguém anestesiasse a dor, como se ele jogasse sementes sobre folhas secas.
Foi tolice. Foi como tropeçar sobre os próprios dedos do pé, jogar sal na ferida sem perceber.
A verdade é que eu estava longe o suficiente para amar, longe o suficiente para sentir saudades, longe o suficiente para ver doer, longe o suficiente para analisar as coisas, de perto.
Acho que o amor e o ódio andaram caminhando juntos ultimamente na minha vida, esqueci o que temia nunca esquecer, por ódio talvez, um sentimento lamentável. Mas acabei lembrando de outras coisas, outros rumores, outras fantasias, e isso me faz parecer um ciclo, na qual esquecer de tudo é uma opção nula.
Cada vez que fico longe de tudo por muito tempo, tenho a sensação de deixar as coisas suspensas no ar, amarradas por um velho fio, que qualquer puxão pode arrebentar. Com tanto tempo livre para pensar e imaginar, acabei sentindo que preciso me desfazer de algumas coisas, de desejar adeus ao velho mundo, de jogar fora antes que apodreça.
E o tal do assunto de esquecer?
Simplesmente, esqueça.
Estive pensando em esquecer, estive pensando se as pessoas que dizem que esquecem, verdadeiramente esquecem.
Dias atrás só pensava nisso, em esquecer.
Quando a gente tenta esquecer bate a saudade, e quando eu tento matar um sentimento, faço da saudade uma das principais formas de suicídio sentimental. Ridículo.Como se o tempo longe de alguém anestesiasse a dor, como se ele jogasse sementes sobre folhas secas.
Foi tolice. Foi como tropeçar sobre os próprios dedos do pé, jogar sal na ferida sem perceber.
A verdade é que eu estava longe o suficiente para amar, longe o suficiente para sentir saudades, longe o suficiente para ver doer, longe o suficiente para analisar as coisas, de perto.
Acho que o amor e o ódio andaram caminhando juntos ultimamente na minha vida, esqueci o que temia nunca esquecer, por ódio talvez, um sentimento lamentável. Mas acabei lembrando de outras coisas, outros rumores, outras fantasias, e isso me faz parecer um ciclo, na qual esquecer de tudo é uma opção nula.
Cada vez que fico longe de tudo por muito tempo, tenho a sensação de deixar as coisas suspensas no ar, amarradas por um velho fio, que qualquer puxão pode arrebentar. Com tanto tempo livre para pensar e imaginar, acabei sentindo que preciso me desfazer de algumas coisas, de desejar adeus ao velho mundo, de jogar fora antes que apodreça.
E o tal do assunto de esquecer?
Simplesmente, esqueça.

3 comentários:
às vezes esquecer, nem que parcialmente, já resolve parcialmente muita coisa.
amei o texto (l)
'das revistas nunca lidas acumuladas no cantinho da mesa'
Pobre national geographic, oskaoksa, eu tinha que fazer um comentário inútil aqui.
nossa! antes de mais nada, parabens pelo texto!
gostei muito e pretendo começar a acompanhar!
achei seu blog no de outra menina - que julgo ser amiga sua - e nao contive a vontade de ler e comentar! hehe.. beijoss
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