Ontem, tive a impressão de ser movida a brisas.


Os lençóis pendurados no varal faziam sombras monstruosas sobre mim, o barulho das folhas nas árvores era intrigante, as nuvens (em formato de bailarinas) começaram a passear rápido sobre o céu, e o vento, começava a me bagunçar por dentro.
As vezes sinto necessidade de me sentir inteira, então eu procuro algo pra saciar essa fome angustiosa, essa fome que não tem nome, não deixa endereço, e não tem tradução. As vezes a ausência do barulho ajuda, as vezes atrapalha.
Essa tal fome chega a te fazer engolir o ar seco que o vento trás nas noites frias e mórbidas, essa tal fome te faz querer entender e ver sentido em tudo, essa tal fome faz seus órgãos internos se atrofiarem confusos e necessitados de algum suplemento.
As vezes chego a pensar que é insaciável, mas que seres humanos precisam da fome, afinal cada um sente fome de alguma coisa, e eu, eu acho que sinto fome de mim.
Bom, melhor ir para dentro agora, antes que os monstros de lençóis se tornem reais, antes que a tristeza magnífica das folhas secas entre pelos meus poros... Antes que eu morra de fome.

2 comentários:

Marcelo Zaniolo disse...

cheguei a pensar mesmo que tinhas desistido dessa vida! hehe.. mas obrigado pelo recado! gostei dos seus textos e vou continuar acompanhando sim! ...

quanto ao post, gostei do "seres humanos precisam de fome"! me remete ao autoconhecimento, vontade e necessidade de abrir os olhos e enxergar para dentro e para fora! muito bom mesmo ^^

e quanto ao "o vendedor de sonhos",
cheguei a achar meio estranho no inicio! meio fantasioso e sem historia, mas com certeza me fez pensar bastante e me ajudou a chegar a algumas boas conclusoes! hehe

espero q de alguma forma ele te ajude a continuar escrevendo bem assim!

bjss e boa semana ^^

Rafael disse...

gostei muito do post e otimo blog!

gostaria de saber se vc topa participa de um entrevista para o blog Na Mira?
se quiser da uma olhada como funciona!

http://www.na-minha-mira.blogspot.com/