
Ele queria trocar seu dinheiro todo por chocolate, cuidar dos seus peixes no aquário, sentir os espinhos dos cactos da floricultura da esquina doerem em seus dedos.
Sua drogas o faziam ter esses desejos loucos e fora do ritmo, seu coração batia fora do ritmo.
As vezes batia tão lento que parecia estar morto, as vezes batia tão rápido, rápido demais para que ele conseguisse respirar, mas a máquina pulsante sangrava todos os dias, um a um.
Esperava que em seu leito de morte confessasse algum segredo, dissesse alguma palavra daquelas ditas quando se chega ao fim, mas ele só queria, chocolates...
Deram os chocolates a ele, amargo, doce, branco, preto,todos, e ele resolveu partir.
Não me perguntem sobre os chocolates, apenas tenho cá para mim que o segredo não revelado não estava neles e sim no gosto do lugar onde eles deixavam a mente dele em paz com suas drogas incessantes, e isso é tudo o que eu tenho a dizer.
3 comentários:
Chocolatra? hehe
Gostei do blog, Beijinhos!
Gosto real não está nas coisas, mas no que elas nos fazem sentir.
eu só entendo do chocolatee
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