
Sabe, é de costume chegar todo ano de férias em casa, e mudar o meu quarto, bobeira, tolice, não sei, o que eu sei é que sempre preciso de algo novo, energias novas, ares novos, qualquer coisa que envolva o novo, mas dessa vez é diferente.
Não consigo achar lugar para o novo com tanta coisa velha ainda habitando o meu habitat, e é incrivelmente tanta coisa que não dou conta de jogar tudo fora, quase um atraso de vida. Não sei se quero dar lugar para o novo, o novo não me sai da cabeça, e esse cheiro velho de incenso queimado as vésperas de um ataque psicótico me cansa ainda.
Sai cheiro. Sai velho. Mas não sai por inteiro, ta? Eu sei que você vai acabar ficando em um papel escrito há muito tempo, em uma caixa de recordações, que por sinal está gigantesca, em qualquer lugar, porque qualquer lugar é tudo o que eu tenho.
Não consigo achar lugar para o novo com tanta coisa velha ainda habitando o meu habitat, e é incrivelmente tanta coisa que não dou conta de jogar tudo fora, quase um atraso de vida. Não sei se quero dar lugar para o novo, o novo não me sai da cabeça, e esse cheiro velho de incenso queimado as vésperas de um ataque psicótico me cansa ainda.
Sai cheiro. Sai velho. Mas não sai por inteiro, ta? Eu sei que você vai acabar ficando em um papel escrito há muito tempo, em uma caixa de recordações, que por sinal está gigantesca, em qualquer lugar, porque qualquer lugar é tudo o que eu tenho.
Pode vir novo, mas vem devagarzinho ta? Vou dar um espaço pra você na cômoda de livros, e também perto da cabeceira da cama, não posso mandar o velho embora assim, entende? Não seria justo e confesso que sem ele o quarto ficaria tão... Não-meu.
Meu Velho foi bom enquanto durou, e durou muito, prometo não me esquecer de você, e cá entre nós, sabemos que você me visitará sempre, não resistiremos um ao outro.
Marina Beatriz
1 comentários:
Olá!
Texto ótimo, moça...
A foto se encaixou perfeitamente.
Não há nem o que comentar.
até...^^
fer.
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