Nada mais.

Que a vida não me lateje assim contínua porque metade de mim é insanidade, e desta metade fazem parte as melhores coisas do mundo as quais não posso viver sem. Sou dependente química da paixão dos suicidas, das miragens do amor e da angústia das incertezas do tempo.

Que minhas lágrimas não rolem insossas por aí, porque nelas esta a intensidade da minha força. Que meus medos cessem a cada dia porque me apavoram sem razão. Que as pessoas que deixei pra trás não guardem mágoas minhas e compreendam essa vida da maneira que lhes for mais sensata. E para aqueles que ainda não amei porque não tive oportunidade, digo a eles que o tempo passa mais rápido quando o vento sopra pro leste da minha mão. Ventos contrários sempre me trouxeram dores arrebatadoras e possibilidades arrasadas.

Que a minha vida se faça cada dia mais humana diante de outra, e que eu não perca jamais coragem de erguer os olhos e ver que existem outros caminhos. E que acima de tudo, que eu jamais descubra que estou louca, e se descobrir, ainda que a tempo, que seja uma loucura paciente.

M.B

1 comentários:

Monique Burigo Marin disse...

Lindo!
De louco, todos temos um pouco.
Quando li esse texto lembrei logo da música "Mad World", da trilha sonora de Donnie Darko. É uma das minhas prediletas. (: