De que forma você é?

Há formas de se começar um texto. Há tantas formas de se começar um texto. Não há nenhuma forma de começar este texto.
Não há, forma de escrever, em caixa alta ou caixa baixa, em minúsculo e maiúsculo. Não há forma, nem ao menos de bolo, que desenhe ou risque no escuro qualquer tipo. Qualquer tipo do quê?
É assim que um sujeito se sente quando não consegue nem mais conviver com sua escrita. É exatamente assim que o sujeito trata sua inspiração quando não consegue mais ficar sozinho consigo mesmo.

Arrasta-se as palavras de uma linha para outra buscando um encaixe, uma linha a mais que dê um sentido qualquer. Escreve-se achando que esta desabafando, vive-se achando que esta figurando. Empaca-se. Empaca-se arduamente em um simples travessão, travesso. Atravesso. Atravesso mares e marés de tormentas para chegar. Chegar aonde?
No ponto final.

1 comentários:

Fernando Castro disse...

Já fazia um bom tempo que eu não via seu blog e parece que não tinha hora mais certa para revisitá-lo.
Eu estava com um sentimento engasgado há tanto tempo e não sabia o que era... Até agora, pois ele acabou de tomar forma.